Arquivo de junho, 2011

Serviço de manobrista, pense duas vezes!

Publicado: 25 de junho de 2011 em Serviços

O uso de serviços em bares, restaurantes e hotéis nem sempre é digno dos absurdos valores cobrados e pagos pelos consumidores no Brasil. Em 2009, escrevi um artigo apontando as falhas do serviço de manobristas em bares, restaurantes e casas de show. A situação é a mesma, já que não há nenhum tipo de fiscalização e, na maioria dos estabelecimentos, o serviço é terceirizado, mesmo sendo ofertado em frente ao bar ou casa de show.

Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, basta chegar e parar o carro na porta do estabelecimento e um homem ou uma mulher prontamente abre a porta para o motorista e demais passageiros do veículo. Insisto, mais uma vez, que não sou tão fã do serviço de alguns manobristas, especialmente aqueles que mudam a configuração do banco e do volante do carro.

Geralmente, a gente dedica um bom tempo até encontrar a posição ideal do banco e dos retrovisores, a fim de melhorar a visibilidade do veículo, não é? Em um instante, o manobrista vai lá e tira o que você ficou alguns minutos para ajustar. No fim do ano passado, fui com a família a um restaurante e, ao retornar ao veículo, deparei-me com tal situação. Fiquei chateado e chamei logo o manobrista que tinha acabado de devolver o veículo. E não é que ele afirmou que ninguém alterou nada e que o carro estava igualzinho como eu tinha deixado?

Além disso, você sabe onde é que realmente seu carro fica estacionado? Nem sempre, não é? As empresas de manobristas devem ter área reservada e o restaurante precisa, também, se responsabilizar pelo estacionamento do veículo.

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) defende as regras claras para o consumidor que usa o serviço de manobristas de estabelecimentos comercais. É bom lembrar que, a partir do momento em que os clientes deixam seus carros com os manobristas, os estabelecimentos – inclusive a empresa que oferece o serviço valet (manobristas que levam e trazem os veículos à porta dos estabelecimentos) – passam a ser responsáveis pela “guarda do bem”.

Isso inclui possíveis avarias no seu carro. Os artigos 20 e 34 do Código de Defesa do Consumidor estabelecem “a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos” e a responsabilidade solidária – o fornecedor do serviço responde pelos atos de seus prepostos.

E, caso você receba futuramente uma multa por estacionamento irregular no horário em que você estava curtindo uma balada e seu carro estava sob as resposabilidades do serviço de manobristas, saiba que quem deve pagar são eles (restaurante ou empresa de manobristas). Neste caso, o Procon pode ser acionado para você conseguir o pagamento da multa da casa noturna ou da própria empresa de manobristas. Além disso, é possível ainda solicitar a transferência dos pontos da Carteira de Habilitação ao Detran.

Por isso, sempre guarde o cupom do estacionamento e, antes de sair com o carro de lá, verifique se há arranhões e avarias na carroceria.Olhe também se os seus pertences continuam no interior do veículo.

Na corrida que marcou o centenário das 500 milhas de Indianápolis, Dan Wheldon entrou para a historia ao vencer a mais tradicional prova do automobilismo nos Estados Unidos. Mas o hall da fama da Indy 500 reserva espaço especial para pilotos que ganharam mais de uma vez
ou para quem conseguiu a proeza de receber a bandeira quadriculada em duas provas seguidas.

Recentemente, o piloto Hélio Castroneves fez isso nos anos de 2001/2002, com Gil de Ferrran ganhando em 2003, dando três títulos consecutivos dos seis conseguidos pelo Brasil (Emerson venceu em 1989 e 1993, além da vitória de Helinho em 2009) na Indy 500.

Sem dúvida o piloto Ray Harroun teve a braveza de ser vitorioso na prova inaugural no Indianápolis Motor Speedway em 1911. De lá para cá o desejo da conquista rondou a cabeça de todos os jovens que se aventuraram nas curvas do circuito oval mais famoso do automobilismo
mundial.

Quem já cruzou a bandeirada de chegada na Indy 500 descobre o glamour de fazer parte de um seleto grupo de pilotos campeões no Speedway. Repetir a façanha é para poucos e, em anos seguidos, mais ainda.

Além do brasileiro Hélio Castroneves, outros sabem o gosto de repetir no ano seguinte a façanha no oval de Indiana. O primeiro destes ídolos foi o piloto Mauri Rose, que venceu nos anos de 1947 e 1948. A glória foi conseguida também por Bill Vukovich (1953/1954) e o lendário All Anser (1970/1971/1978/1987), que junto com A.J. Foyt (1961/1964/1967/1977) são os maiores vencedores na história da Indy 500.

Além de todo o prestígio, a vitória vale uma bela quantia em dólares – este ano, a premiação foi de mais de US$ 1,5 milhão para Dan Wheldon e sua equipe na edição centenária das 500 Milhas de Indianápolis. De quebra, o piloto ganha ainda o anel do campeão da Indy 500, objeto tão desejado quanto o dinheiro distribuído pela vitória.

Por sinal, Emerson e Hélio possuem mais de um anel, por terem dominado com competência e destreza o Speedway, circuito de retas e curvas com ângulos bem parecidos que provoca fortes emoções em qualquer piloto, dos novatos aos mais experientes.